Por vezes surgem situações no dia-a-dia que merecem algo mais do que um simples olhar. Nós da-mos vida aos promenores... anima-mos algo que está morto...algo que ninguém despertou. "Temos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade" - Madre Teresa de Calcutá

6/28/2006

História de um Pintelho

1º Capítulo
Bom dia a todos, a marginalização e desrespeito para com a liberdade do outro é um tema delicado que ainda hoje se manifesta nos meios de comunicação. Vejamos o exemplo do Sr Pintelho, a quem foi negado o direito de publicar num jornal da região a sua bibliografia. Em simpatia para com o sugeito transcrevemos parcialmente a sua composição.
"Aquele que por este meio se vos dirige, caros leitores, dá-se pelo nome de Sr pintelho 666 e deseja compartilhar a sua experiencia de vida. Ele, ou devo dizer, eu, nasci no ano da Graça de 1969, em casa, ou seja na Vila dos Pintelhos Louros, nº 69, localizada na região suprapúbica inguinal direita.
Fui o décimo terceiro da minha espécie a habitar aquele continente virgem, mas apesar da minha vida ser um retrato de azarentas coincidências, sou hoje o único sobrevivente desses nobres colonos.
Longamente nos questionámos sobre a origem da nossa espécie e naqueles tempos antigos predominava a hipótese da geração espontânea, pois dizia-se que surgiamos da terra como as flores. Ah, como a evolução das ciências nos veio provar errados, hoje é do senso comum que a vida parte da fecundação do ovo, o pai pintelhão e a mãe pintelhita geram assim um filho pintelhinho. Mas voltemos à narração da minha vida
Lembro com saudade os tempos de outrora em que a vida era mais saudável que hoje, já que não se faziam banhos frequentes, ou higienes cuidadosas, não havia prevenção, bons velhos tempos! A única desvantagem era não haver TV por cabo. Mas eramos felizes, vivendo na periferia, não havia a sobrepopulação, nem eramos afectados pelas enxuradas que, qual Nilo, transbordavam do seu leito sinuoso e deixavam a terra propícia ao cultivo de micoses, era uma alegria vê-las, tão belas, quase um jardim!
Para lazer, também criávamos os animais a que chamámos chatos, não porque fossem aborrecidos, como usualmente se pensa, mas porque a sua forma é achatada. Naqueles tempos propícios... Oh! Eu aos cinco anos tinha já um rebanho inteiro de chatos coladinhos a mim. Tão bom!!!
Mas quanto sofreram essas pobres criaturas esquecidas dos céus, quantos inocentes chatos pereceram devido à nefasta acção humana com os seus medicamentos e toxinas. Actos condenáveis!"
Interrompemos aqui o relato do Sr. Pintelho de modo a preservar a sanidade dos Srs. leitores. Prometemos retomar a publicação dos seus anos de adolescência logo que o pudor e mentalidade do editor o permitam.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

:) és um/a querido/a

quinta-feira, 20 julho, 2006

 

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