Por vezes surgem situações no dia-a-dia que merecem algo mais do que um simples olhar. Nós da-mos vida aos promenores... anima-mos algo que está morto...algo que ninguém despertou. "Temos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade" - Madre Teresa de Calcutá

5/12/2006

Xico Malhado e Caneta Sinhá - Episódio 2

(Episódio 1 - 28/4/2006)
Ora, o encarregado promocional do medicamento chegou naquele instante e olhou o nosso Romeu com ar azedo…poderia ele impedir esta união?
Ficámos depois a saber que o pobre homem estava era tenso da caganeira que os doces do bar lhe deram, e na verdade, estava ansioso por dar destino às suas protegidas e propôs de imediato ao nosso Romeu a mais velha, como sempre fazia. O Romeu, perante a mera sugestão de abandonar a menina dos seus olhos (perdão), a caneta dos seus olhos, fez um teatro de tal dimensão, que conseguiu levar (mesmo sem dote), agarrada ao peito, a escolhida do seu coração.
Seguiram-se dias de paixão louca, de serões longos e noites doces à lareira, em que não sentiam mais nada senão a presença e o toque um do outro, e o texto que brotava dos olhos azuis da Julieta, marcando com múltiplos orgasmos azuis, as linhas do papel e da vida. Conseguiam fazer amor desde o nascer ao pôr-do-sol, e adormeciam lado a lado, suados, exaustos, mas conscientes de algo mais profundo que os unia: a necessidade um do outro e a união para um objectivo único.
Por vezes, ele deixava-a cair ao chão sem querer, e ela, ofendida, fingia dores de cabeça e recusava ceder à estimulação, e lançar-se em orgasmos sobre o papel! Algumas dessas vezes ele teve de ser bruto e aquecer-lhe as partes privadas, até mesmo agitá-la antes de usar. Mas logo que faziam as pazes, lançavam-se numa dança erótica sobre o papel, que agradava aos dois.Certo dia, porém, um outro homem apareceu na vida desta pequena caneta, que nunca havia conhecido o pecado da tentação…foi uma aparição que viria mudar a sua vida e marcá-la para sempre…
não perca, pois, o próximo capítulo.

 

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